Quando começou o semestre, eu claramente entrei em negação.
Estou a trabalhar como técnica de informática num agrupamento de escolas há 2 anos e desde 12 de abril a acumular com um trabalho na área do comércio a retalho.
Tenho 45 anos, vivo sozinha, tenho dois filhos que não vivem comigo pois estive fora de Portugal desde junho 2015 a maio 2020 e eles ficaram entregues ao meu ex-marido. Por dificuldades financeiras, condicionantes no mercado de trabalho para o qual eu era vista como muito velha, fui forçada a viajar.
No meu regresso ficou claro para mim que tinha de terminar a minha licenciatura deixada pelo caminho, devido ao desemprego em que mergulhei na altura. a motivação é na carreira atual melhorar automaticamente o salário e quem sabe criar outras oportunidades internacionais.
Estou a fazer cinco UC e tem sido um desafio muito grande, o sentimento de estar à parte, de não sentir apoio por ser uma aluna do regime alternativo e a própria dificuldade que fui sentindo em perceber o que os docentes pretendiam, tem feito deste caminho um caminho de crescimento e com as dores que o crescimento trás.
Com esta UC em particular estou a aprender a parar para conseguir reconhecer qual a emoção que está presente a cada momento. Tem sido um caminho de autodescoberta muito interessante, onde o amor é a energia que me move pois estou cada vez mais perto de mim.
